terça-feira, 26 de março de 2013

AS RUÍNAS DE EXTREMOZ, JÁ FOI A MAIS BELA IGREJA COLONIAL DO RN


As paredes imponentes das ruínas de Extremoz impressionam pela altura e largura, na primeira vez que vi, os paredões estavam coberta por uma densa vegetação. Ao meio do mato aquelas muralhas se destacavam entre os ramos verdes, me fazendo viajar no tempo.

Em bate papo com moradores das imediações fiquei sabendo que foi a ganancia de pessoas, que movida por um boato da existência de um tesouro escondido pelos padres Jesuítas tinha provocado a derrubando da maior parte do prédio, transformando assim a Igreja da Missão Jesuíta de Miguel e do convento em apenas ruínas.

Sempre que vou a Extremoz visito as ruínas e sempre fico indignado com o muro de pedra e o portão prateado que fica entre as duas paredes restantes do salão da igreja. Parte do terreno da igreja fica dentro de um muro coberto por cacos de vidros nos proibindo de fotografar de outros ângulos um patrimônio do Rio Grande do Norte tombado no dia 18 de Dezembro de 1990, sobre a guarda da Fundação José Augusto.

O escritor e historiador Luís da Câmara Cascudo considerava a igreja de São Miguel a mais bela igreja colonial do Estado. Ela foi erguida no estilo barroco, tem 16m de altura, 13,5m de largura, 30m de comprimento e paredes com 80 cm de largura e serviu de igreja residência para os jesuítas.

Foi nessa igreja que na manhã de 13 de junho de 1612 o índio Poti foi batizado e recebeu o nome de Antônio Felipe Camarão. Antônio em homenagem ao santo do dia, Felipe em homenagem ao rei Felipe da Espanha e "Camarão" a tradução de seu nome (Poti). Na mesma igreja, casou-se com Clara, índia da nação potiguar.