O movimento indígena do
Rio Grande do Norte fez ato de repúdio contra os dados do Censo de 2010, emitido
pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os indígenas afirmam
que os dados não reflete um número confiável da realidade populacional das
comunidades indígenas do Estado Potiguar.
O protesto aconteceu as
às 10 horas do dia 26 de abril de 2013 em frente ao prédio do IBGE, localizado
na Avenida Prudente de Morais, Petrópolis em Natal.
Os indígenas contaram com o apoio do Motyrum Indígena, Grupo
Paraupaba e estudantes da UFRN que juntos cantaram e dançaram ao som dos
tambores e maracas e em pouco tempo um funcionário do IBGE convidou Tayse
Campos/coordenação da APOINME/RN pra saber qual a reinvindicação dos indígenas.
Após uma breve negociação foi criada uma comissão para conversar com os
representantes do IBGE.
A comissão escolhida foi: Tayse Campos (APOINME/RN e comunidade
Amarelão/João Câmara); Francisco Joaquim Neto (liderança da comunidade
Caboclos/Assú); Manoel Leôncio do Nascimento (Cacique da Comunidade Sagi,
Trabanda - Baía Formosa); José Luiz Soares (Cacique da Comunidade Catu –
Goianinha/Canguaretama); Lenilton Lima (fotógrafo e apoiador do movimento
indígena do RN) e Jussara Galhardo (antropóloga apoiadora do movimento indígena
do RN).
Na audiência os representantes do IBGE, assumiram o
compromisso de que no Censo de 2015, os indígenas seriam convidados para compor
as comissões municipais de planejamento dos trabalhos nos municípios onde
existam comunidades indígenas.
A preocupação do movimento é
que recursos importantes para educação e saúde não chegam para as comunidades indígenas
já que órgãos como MEC e MS se baseiam pelos dados oficiais do IBGE.
Infelizmente os dados oficiais não retratam a realidade estadual
e brasileira, indígenas e caboclos são contados como pardos e terminam sendo computados
como negros.
O Rio Grande do Norte
não é um cemitério de índios e sim é moradia de milhares deles, índios que se
orgulham de sua terra, seus costumes e tradições. Disse em discurso Luiz Catu.