Nessa
quarta feira dia 12 de junho de 2013, seis índios Potiguares Sagi/Trabanda, foram
intimados a depor na delegacia de Baia Formosa. O motivo da intimação foi uma
grande vala cavada pela comunidade para desobstruir a passagem de água do Rio
Cavaçu para o mangue.
O desentendimento
começou com uma ponte construída pela prefeitura no Rio Cavaçu, durante a construção
da ponte a prefeitura obstruiu o fluxo de água do rio que desaguava no mangue. Essa
ação teve consequência gravíssima, pois o mangue secou e com isso houve um desequilíbrio
ecológico e algumas espécies morreram.
A comunidade
encaminhou uma denuncia de crime ambiental ao IDEMA, que notificou a prefeitura
e deu um prazo até o dia 20 de maio de 2013 para que fosse tomada as medidas cabíveis
para que o fluxo do rio se normalizasse.
Com o
não comprimento do prazo estabelecido a prefeitura, a comunidade de Sagi, em
regime de mutirão, cavou uma grande vala para restabelecer o fluxo natural do
rio para que então voltasse a desaguar no mangue.
Por esse
motivo os seis índios intimados foram conversar com o delegado, ele propôs aos
mesmos, que intermediassem um dialogo com a comunidade para que tapassem a vala
que fora aberta e assim os carros pudessem trafegar no local. O delegado prometeu
que depois de tapar a vala, a prefeitura junto com o IDEMA resolveria tudo no
prazo de 30 dias, e caso isso não acontecesse a comunidade poderia reabrir a
vala.
Mas a
comunidade indígena de Sagi Trabanda pensa diferente, desde que foi construída
esta ponte há mais de dez anos, eles sofrem com o desequilíbrio ecológico. E agora
com o problema do fluxo do rio resolvido nasce às expectativas da volta dos caranguejos
e das outras espécies que por lá habitavam.